1 de jun. de 2007

Coca-Cola e PepsiCo concordam em coibir testes em animais

Brenda GoodmanEm AtlantaSob pressão de defensores de direitos dos animais, duas gigantes de refrigerantes, a Coca-Cola e a PepsiCo, concordaram em parar de financiar diretamente pesquisa que use animais em testes para desenvolver seus produtos, exceto quando tais testes forem exigidos por lei.
Pesquisadores da People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pelo tratamento ético dos animais, Peta) buscaram garantias após a descoberta de estudos, financiados pelas empresas, que usavam animais como ratos e chimpanzés para testar percepção de sabor e, em alguns casos, reforçar o apoio a alegações de saúde promocionais.
A PepsiCo disse que deixará de financiar diretamente experiências em animais, incluindo algumas que financiava por meio de verbas concedidas a estudantes de doutorado por meio de seu Instituto Gatorade de Ciência do Esporte.
Elaine Palmer, uma porta-voz da PepsiCo, disse que apesar da empresa nunca ter apoiado a idéia de testes em animais, "nós não a policiávamos, de forma que tal parte é nova".
A Coca-Cola e a PepsiCo são as maiores indústrias a concordar com a proibição. A Coca-Cola também disse que cancelará uma subvenção dada a um pesquisador da Virginia Commonwealth University que estava estudando a percepção de paladar em ratos, que têm certos caminhos do paladar em comum com os seres humanos.
Os representantes da Coca-Cola e da universidade se recusaram a dizer quanto era o valor da verba fornecida pela empresa ou elaborar qual seria a aplicação final da pesquisa.
Uma associada de pesquisa da Peta, Shalin G. Gala, disse: "Nós vemos estas declarações da Coca e Pepsi, conglomerados globais imensos, como o início do fim de todos os testes de alimentos em animais".
As duas gigantes de refrigerantes são as mais recentes empresas a responder às pressões da Peta, que montou uma campanha para denunciar as práticas de testes em animais na indústria de bebidas, um setor que, diferente da indústria de cosméticos e farmacêutica, praticamente passava despercebida na arena de testes em animais.
Em janeiro, a Roll International, a empresa que produz o suco de romã POM Wonderful, concordou em cessar os testes em animais depois que a Peta revelou um estudo de 2005, financiado pela empresa, que testou o suco para saber se poderia induzir artificialmente disfunção erétil em coelhos.

Tradução: George El Khouri Andolfato

0 comentários: