28 de ago. de 2007

Faculdade de Medicina do ABC é a primeira no País a proibir experimentação com animais vivos na graduação

Prática é proibida por lei, porém comum em todo o País

A Faculdade de Medicina da Fundação do ABC proibiu o uso de qualquer animal vivo nas aulas de graduação. Portaria em vigor desde 17 de agosto coloca a instituição como primeira no País a abolir completamente essa prática, que agora fica liberada somente para pesquisas inéditas, com relevância científica e previamente aprovadas pelo CEEA - Comitê de Ética em Experimentação Animal da FMABC.

Apesar de comum em faculdades e universidades com graduações em saúde, a experimentação animal é proibida por lei "sempre que existirem recursos alternativos". Nos Estados Unidos, instituições de renome como Harvard, Yale, Stanford e Mayo Medical School há tempos não utilizam animais no ensino médico. "Existe movimento mundial para substituição do uso de animais na graduação por outros modelos. Atendemos solicitações de diversos docentes e alunos e resolvemos tentar, para posteriormente termos opinião definitiva. Quanto à pesquisa, as práticas continuam inalteradas. Nesse caso, até que se prove o contrário, o modelo animal é insubstituível", explica o Diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Luiz Henrique Paschoal.

A substituição de animais por métodos alternativos chega a 71% em instituições de ensino superior da Itália. Além disso, 68% das escolas médicas norte-americanas não usam animais em cursos de farmacologia, fisiologia ou cirurgia. "Usar animais vivos é prática cruel e desestimula o aluno. O estudante de graduação aprende e incorpora informações sem necessidade de subjugar outro ser vivo", acrescenta a professora da FMABC e membro do CEEA, Dra. Odete Miranda.

As alternativas para substituição de animais vivos vão desde softwares (programas de computador) e bonecos até auto-experimentação, uso de animais quimicamente preservados e incorporação dos cursos básicos à prática clínica – quando o aluno passa a aprender com casos reais, em seres humanos. "Nossa missão é formar médicos humanos, mais envolvidos com o paciente e sensíveis à dor do próximo. Evitar que o aluno seja coadjuvante da morte ou do sofrimento de animais melhora o aprendizado, pois elimina o estresse do sentimento de culpa, além de incentivar a valorização e o respeito por toda forma de vida. Isso certamente será refletido na relação médico/paciente após a formação acadêmica", completa Dra. Nédia Maria Hallage, professora da FMABC e membro do Comitê de Ética em Experimentação Animal.

Para a Dra. Odete Miranda, a continuidade da experimentação animal no País tem como principais motivos tradição e resistência a mudanças, desconhecimento de métodos substitutivos e atraso tecnológico: "O Brasil está quase dois séculos atrás de países europeus e dos Estados Unidos", garante. Em relação à economia, a Dra. Nédia Maria Hallage considera mito achar mais barato a morte de animais: "É comum pensar que matar animais sai mais barato que investir em tecnologia alternativa. Para utilizar animais no ensino é necessária manutenção ética, que implica em alimentação digna, funcionários habilitados, controle de zoonoses e estrutura própria no biotério para cada espécie. No caso do investimento em bonecos ou softwares, são todas técnicas duráveis, que abrangem maior número de alunos e que substituem animais em diversos temas de aulas", completa Dra. Nédia.

Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento
MP & Rossi Comunicações
(11) 4992-6379 / 8163-5265
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2 comentários:

Anônimo disse...

ACHO QUE O TRABALHO QUE VOCES FAZEM E IMPORTANTE E BONITO.MEUS PARABENS!Estou procurando um cão de raça para adotar.pode ser fihote ou um adulto jovem,não é para mim, é para um senhor amigo meu.ele mora no valparaíso em PETRÓPOLIS.EU gostei da vit que eu ví no site.MAS NÃO sei se ele vai gostar.gostaria que voçes entrássem em contato comigo pelo tel: 024 22351504 para nós comversarmos.obrigada ANA LUCIA

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